Rivelino me convenceu a criar um habito oposto ao das aves. O
normal é eles fugirem para o calor na época de inverno. Aqui, Meu Bem te vi Tricolor-filosofo-escritor,
é inimigo do calor, e como o verão carioca é daquele tipo extra forte,
costumamos viajar para os arredores da cidade imperial, para nos refugiarmos do
escaldante verão carioca.
Lá passamos dias de contato com a natureza, temperaturas em
torno de 25 a 26 graus de dia e 22 a noite, o que nos permite relaxar, refletir
e recarregar as baterias. Como nem tudo é perfeito, nosso refúgio secreto é privado
de internet, o que nos obriga a ficar distantes do que mais gostamos nessa
vida, que é o contato com vocês leitores.
Dizem que tudo que é bom dura pouco, e as férias findaram,
mas esse ano, contagiado definitivamente pelos conselhos e exemplos do amigo Zé
Francisco (a quem, a partir de hoje se ele permitir, chamarei carinhosamente de
Juninho), começo um ano cheio de otimismo e esperanças.
Quando me lembro do início do ano de 2016 e comparo com
2017, tenho motivos de sobra para estar esperançoso. Não é segredo para ninguém
que 2016 foi um fiasco e as véspera das eleições, não víamos ninguém que
enchesse os corações de entusiasmo. Águas passadas, somos todos tricolores e em
comum queremos um time forte e vencedor.
Assisti então ao jogo com o Criciúma, cheio de dúvidas, a
defesa não foi lá muito bem, mas o time até que mostrou garra e
comprometimento, 3x2 que valeram mais por quebrar o jejum de vitórias do que
qualquer outra coisa.
Domingo era pra valer. Não que o time do Vasco pusesse medo
em alguém, seu elenco é fraquíssimo, mas temos um recente histórico de grandes
dificuldades contra os padeiros.
A mídia passou todo o mês de Janeiro dizendo que o
Fluminense estava na pior, que não contratou, que isso e aquilo, só faltou
dizerem que fecharíamos as portas e acabaríamos com o futebol. Se um desavisado
ouvisse as rádios ou passasse os olhos na flapress, acharia que nosso elenco
era do nível do Rezende ou do Bonsucesso. Seriamos o vexame e encarar o “poderoso”
Vasco já na estreia, nos faríamos pagar um mico histórico. Se perdêssemos de
pouco seria para lamber os beiços. Afinal o Vasco tem Nenê, Nenê, Nenê, Martim
Silva e ... e... e quem mais mesmo?? Ahhh, Cristóvão...o grande Cristóvão,
demitido de Fluminense, Flamengo, Corinthians e do próprio Vasco em 2013...
Eu e Riva nos pusemos frente a TV do comendador, que
gentilmente nos convidou para assistir ao jogo em uma de suas residências, essa
localizada em nobre local da cidade Imperial, onde chegam Internet, Luz elétrica,
TV a Cabo, uísque 12 anos, caviar,
Salmão, canapés de camarão, e Moet Chandon.
A Residência de campo do comendador
é a cara da nobreza, e por consequência, lugar ideal para assistir a jogos do
mais nobre e aristocrático clube brasileiro.
Entre uma dose e um canapé, nossas tensões foram diminuindo,
e começamos logo a levar fé em um bom jogo.
Rivelino tomou alguns sustos, e dividiu parte da atenção
entre o jogo e uma “canária” que com ele flertava dos jardins. Estava com o
coração dividido, o velho passarinho Casanova, não perdoa uma.
Entre um gol perdido aqui e um susto acolá, W Silva, o bom e
não o lateral, marca após já termos perdido duas ou três boas chances. Num
contra ataque rápido, toque de categoria de Dourado (isso mesmo, pasmem!!!),
trombada entre M Silva e Rogrido( o aloprado) Welington aproveita a sobra e fuzila, com
categoria abrindo o placar.
O Segundo gol encheu os olhos. Sornoza mostrou que tem tudo
para despontar e ser ainda maior que Conca, que perdeu parte do respeito ao
mulambar. Uma linda jogada individual e apenas rolou para Dourado. O gol me
lembrou o velho Luciano Vannutti que dizia: “esse até eu faria”. Dourado
melhorou, o Dourado do ano passado poderia perder gols como esse.
No segundo tempo, as mexidas de Cristóvão melhoraram o
Vasco, que teve boas chances e desperdiçou.
É verdade que o Vasco chegou a dominar e pressionar, mas
nessa hora, o Flu mostrou que finalmente contratamos um técnico de verdade.
Abel está mais maduro, aprimorado. Parece que aprendeu
bastante nos últimos anos.
Com três mexidas Abel mudou novamente o jogo.Equilibrou o meio campo, neutralizou os ataques do Vasco e ficamos
a espera do golpe final.
Ele veio com uma linda jogada entre Scarpa e Marcos cabeçadeamendoim
Junior.O garoto tabelou e tocou de cavadinha, lindo, acachapante e
deu números finais ao jogo.
Menções honrosas ao outro equatoriano de nome difícil, a
Douglas, Scarpa e Leo. Dourado precisa de sequencia para merecer elogios
Marcos Jr que não tem nem 20% do talento de Conca, mas só de
afirmar que jamais jogaria na dissidência, já merece ter seu nome
definitivamente escrito nas Laranjeiras. Sua declaração foi mais emblemática que
o gol do título da Primeira Liga. Homem é assim, só tem uma palavra e não tem
medo de dizer. Personalidade e caráter diferem homens de meninos.
É muito cedo e pegamos apenas times medianos até agora, mas
é ótimo começar vencendo, fazendo gols e principalmente goleando um rival
tradicional, num clássico estadual.
Que 2017 seja um ano bom para todos vocês meus queridos
leitores, e principalmente para nosso amado tricolor.
Ahh, quase esqueço de dizer, Rivelino só volta semana que
vem. Ficou na cidade Imperial, pois se embolou em beijos e caricias com a
Canarinha lá da casa do comendador.
Esse cara é mesmo matador.
Abraços a todos, Saudações tricolores e até quinta, ou
sexta, depende do meu editor.
Lennon Pereira
2 comentários:
Caro Lennon, desde que mudou o layout do site o tricolor, não tenho mais conseguido comentar.
Espero que nosso tricolor tenha um grande ano, abraços meu amigo
Adriano.
Caro Lennon, desde que mudou o layout do site o tricolor, não tenho mais conseguido comentar.
Espero que nosso tricolor tenha um grande ano, abraços meu amigo
Adriano.
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