terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Estamos de volta

Rivelino me convenceu a criar um habito oposto ao das aves. O normal é eles fugirem para o calor na época de inverno. Aqui, Meu Bem te vi Tricolor-filosofo-escritor, é inimigo do calor, e como o verão carioca é daquele tipo extra forte, costumamos viajar para os arredores da cidade imperial, para nos refugiarmos do escaldante verão carioca.

Lá passamos dias de contato com a natureza, temperaturas em torno de 25 a 26 graus de dia e 22 a noite, o que nos permite relaxar, refletir e recarregar as baterias. Como nem tudo é perfeito, nosso refúgio secreto é privado de internet, o que nos obriga a ficar distantes do que mais gostamos nessa vida, que é o contato com vocês leitores.

Dizem que tudo que é bom dura pouco, e as férias findaram, mas esse ano, contagiado definitivamente pelos conselhos e exemplos do amigo Zé Francisco (a quem, a partir de hoje se ele permitir, chamarei carinhosamente de Juninho), começo um ano cheio de otimismo e esperanças.

Quando me lembro do início do ano de 2016 e comparo com 2017, tenho motivos de sobra para estar esperançoso. Não é segredo para ninguém que 2016 foi um fiasco e as véspera das eleições, não víamos ninguém que enchesse os corações de entusiasmo. Águas passadas, somos todos tricolores e em comum queremos um time forte e vencedor.

Assisti então ao jogo com o Criciúma, cheio de dúvidas, a defesa não foi lá muito bem, mas o time até que mostrou garra e comprometimento, 3x2 que valeram mais por quebrar o jejum de vitórias do que qualquer outra coisa.

Domingo era pra valer. Não que o time do Vasco pusesse medo em alguém, seu elenco é fraquíssimo, mas temos um recente histórico de grandes dificuldades contra os padeiros.

A mídia passou todo o mês de Janeiro dizendo que o Fluminense estava na pior, que não contratou, que isso e aquilo, só faltou dizerem que fecharíamos as portas e acabaríamos com o futebol. Se um desavisado ouvisse as rádios ou passasse os olhos na flapress, acharia que nosso elenco era do nível do Rezende ou do Bonsucesso. Seriamos o vexame e encarar o “poderoso” Vasco já na estreia, nos faríamos pagar um mico histórico. Se perdêssemos de pouco seria para lamber os beiços. Afinal o Vasco tem Nenê, Nenê, Nenê, Martim Silva e ... e... e quem mais mesmo?? Ahhh, Cristóvão...o grande Cristóvão, demitido de Fluminense, Flamengo, Corinthians e do próprio Vasco em 2013...

Eu e Riva nos pusemos frente a TV do comendador, que gentilmente nos convidou para assistir ao jogo em uma de suas residências, essa localizada em nobre local da cidade Imperial, onde chegam Internet, Luz elétrica, TV  a Cabo, uísque 12 anos, caviar, Salmão, canapés de camarão, e Moet Chandon. 

A Residência de campo do comendador é a cara da nobreza, e por consequência, lugar ideal para assistir a jogos do mais nobre e aristocrático clube brasileiro.

Entre uma dose e um canapé, nossas tensões foram diminuindo, e começamos logo a levar fé em um bom jogo.

Rivelino tomou alguns sustos, e dividiu parte da atenção entre o jogo e uma “canária” que com ele flertava dos jardins. Estava com o coração dividido, o velho passarinho Casanova, não perdoa uma.
Entre um gol perdido aqui e um susto acolá, W Silva, o bom e não o lateral, marca após já termos perdido duas ou três boas chances. Num contra ataque rápido, toque de categoria de Dourado (isso mesmo, pasmem!!!), trombada entre M Silva e Rogrido( o aloprado)  Welington aproveita a sobra e fuzila, com categoria  abrindo o placar.

O Segundo gol encheu os olhos. Sornoza mostrou que tem tudo para despontar e ser ainda maior que Conca, que perdeu parte do respeito ao mulambar. Uma linda jogada individual e apenas rolou para Dourado. O gol me lembrou o velho Luciano Vannutti que dizia: “esse até eu faria”. Dourado melhorou, o Dourado do ano passado poderia perder gols como esse.

No segundo tempo, as mexidas de Cristóvão melhoraram o Vasco, que teve boas chances e desperdiçou.

O Fluminense perdeu também oportunidades incríveis, poderia ser cinco ou seis.
É verdade que o Vasco chegou a dominar e pressionar, mas nessa hora, o Flu mostrou que finalmente contratamos um técnico de verdade.
Abel está mais maduro, aprimorado. Parece que aprendeu bastante nos últimos anos.

Com três mexidas Abel mudou novamente o jogo.Equilibrou o meio campo, neutralizou os ataques do Vasco e ficamos a espera do golpe final.

Ele veio com uma linda jogada entre Scarpa e Marcos cabeçadeamendoim Junior.O garoto tabelou e tocou de cavadinha, lindo, acachapante e deu números finais ao jogo.

Menções honrosas ao outro equatoriano de nome difícil, a Douglas, Scarpa e Leo. Dourado precisa de sequencia para merecer elogios

Marcos Jr que não tem nem 20% do talento de Conca, mas só de afirmar que jamais jogaria na dissidência, já merece ter seu nome definitivamente escrito nas Laranjeiras. Sua declaração foi mais emblemática que o gol do título da Primeira Liga. Homem é assim, só tem uma palavra e não tem medo de dizer. Personalidade e caráter diferem homens de meninos.

É muito cedo e pegamos apenas times medianos até agora, mas é ótimo começar vencendo, fazendo gols e principalmente goleando um rival tradicional, num clássico estadual.

Que 2017 seja um ano bom para todos vocês meus queridos leitores, e principalmente para nosso amado tricolor.

Ahh, quase esqueço de dizer, Rivelino só volta semana que vem. Ficou na cidade Imperial, pois se embolou em beijos e caricias com a Canarinha lá da casa do comendador.
Esse cara é mesmo matador.

Abraços a todos, Saudações tricolores e até quinta, ou sexta, depende do meu editor.

Lennon Pereira

2 comentários:

Adriano disse...

Caro Lennon, desde que mudou o layout do site o tricolor, não tenho mais conseguido comentar.
Espero que nosso tricolor tenha um grande ano, abraços meu amigo

Adriano.

Adriano disse...

Caro Lennon, desde que mudou o layout do site o tricolor, não tenho mais conseguido comentar.
Espero que nosso tricolor tenha um grande ano, abraços meu amigo

Adriano.