terça-feira, 3 de junho de 2008

Filosofia num restaurante Alemão

Como dizia meu avô, antes tarde do que mais tarde. Utilizo essa manhã fria de primavera para reativar nosso cantinho, tão parado ultimamente.Vou aproveitar para relembrar o almoço da Casa Urich.Como o tempo passa rápido!! naquele dia só se falava em Delúbio, Marcos Valério e Dirceu, já hoje em dia.... Ok, ok, não vamos falar de ladrões, mentirosos e picaretas, esses caras vão ficar impunes mesmo e só perderemos nosso tempo. Eles não merecem nem isso. Vamos falar de coisas boas.Coisa boa é almoçar num restaurante como a casa Urich. Um pedacinho da Alemanha no Centro do RJ. Lugar sempre cheio, com uma decoração nostálgica, um belo couvert (que, diga-se de passagem, foi devorado pelos colegas em poucos segundos), Chopp gelado (segundo a Isa) e belos pratos. Um convite ao bate papo e à gastronomia.Lembro bem que trouxe à mesa a revolta que causei em minhas amigas em outra oportunidade, onde o Velho não estava presente. Cobrei dele solidariedade às minhas opiniões e voltamos ao velho tema. – Por que não arrumamos namorados?? – Por que os príncipes viram sapos tão rapidamente? - Onde está o problema?? – Onde estamos errando?Amigos, eu caí na besteira de responder.. Isso mesmo, falei o que eu achava, quase fui apedrejado!! Fui chamado de machista, porco chauvinista, escroto, antiquado, falso moralista, fui chamado até de integrante do campo majoritário, ofensa essa, que segundos depois foi retirada, pois ninguém merece sr chamado assim.Após alguns minutos de reflexão por parte das meninas, a barra aliviou. Pensaram melhor e viram que em algumas colocações eu podia até ter um pouco de razão.Gente! esse papo de mulher ser igual ao homem, trouxe muitos prejuízos às mulheres.É claro que espaço na sociedade, nas universidades, no mercado de trabalho, na política e tudo mais, foram conquistas mais do que justas e só um idiota poderia pensar o contrário. O Problema é que não parou por aí. Vieram as feministas recalcadas. Aí, as mulheres começaram a perder vantagens e privilégios. Mulheres devem ser femininas, delicadas, “frágeis”, cortejadas. Devem inspirar no homem, desejo, curiosidade, mistério, não deve se envergonhar de demonstrar fragilidade, meiguice, doçura. Todo homem se encanta em estar com uma mulher que seja companheira, que seja amiga, que o ajude, que dê conselhos, que seja a grande mulher que há por trás de todo grande homem! Mas também deve ser aquela mulher que podemos proteger, que podemos acolher, que possamos ser o Homem do casal. Abrir a porta, puxar a cadeira, mandar flores, comprar bombons e até pagar as contas. O que eu quero dizer às minhas amigas é: Cuidado com o que os movimentos feministas chamam de conquistas. Nem tudo que é novo é bom, nem toda conquista é positiva.Em suma, homens e mulheres têm os mesmos direitos e deveres, mas no fundo, as mulheres serão sempre muito mais felizes sendo o forte sexo frágil.Depois disso, o almoço terminou em café expresso de primeira, exceto o do meu amigo Vinícius, que de tão assustado com o papo, pôs sal no café...A reação das meninas?? Bem, acho que elas levaram o assunto pra pensar no travesseiro...

A Descoberta "da" Colombo

Manhã fria e chuvosa, clima tipicamente paulista em pleno Rio de Janeiro e para contrariar todas as regras do bom senso, almoço marcado às 13 horas. Lá vou eu, casaco fechado e procurando marquises, sou da turma que odeia carregar guarda-chuvas. Entre um pingo e outro, chegamos todos quase ao mesmo tempo ao local de encontro, que manterei em sigilo não sei porque.Após rápidos cumprimentos, a pergunta que sempre nos persegue: Aonde vamos?Sugeri uma visita ao salão de sopas da Colombo, e de imediato ouvi da minha Amiga Tatiana a fatal pergunta: - Caríssimo né Lennon? (num misto de ironia e reclamação). Com toda minha peculiar lhaneza, respondi que custava R$ 11,00 e que poderia comer à vontade. Com certa desconfiança, minha oferta foi aceita lá fomos nós, Velho e Cris abraçadinhos sob um só guarda-chuva, Tati com seu “cabanão”, e eu novamente entre pingos e sob protesto de meus amigos.Chegamos à Colombo, uma casa que guarda com generosidade ares históricos glamorosos e requintados que outrora inundavam o finado estado da Guanabara.No Simpático Salão Cabral, nos alojamos em uma confortável mesa, próxima à janela, e devidamente aquecidos, fomos ao cardápio. Eu e Cris optamos pela Sopa e Velho e Tati, foram de Crepe(R$9,80). Para meu deleite, após 2 minutos no local, Tati e Cris logo comentaram: Mandou bem amigo, aqui realmente é muito gostoso, um lugar com muito charme. Boa pedida. Entre sopas de Feijões e de legumes, o papo fluiu ameno, pouco falamos de política. Estávamos todos debatendo sobre preconceitos, para surpresa geral, Tati se auto intitulou como conservadora, depois foi o Velho que desfilou seus pensamentos também muito conservadores em alguns assuntos. A Cris se demonstrou uma convidada inteligente, e entre um “eu não sei”, um “talvez” e um “se fosse comigo eu talvez pensasse assim...”. ficou literalmente sobre o muro, posição politicamente prudente e, para surpresa geral, eu, o ultra direitista, era o mais benevolente. Que mundo louco esse.As sopas estavam bem gostosas (porém poderiam estar mais quentes).Na mesa, azeite de oliva e queijo parmesão de boa qualidade e uma pimenta honesta. Os Crepes de carne seca, molho branco e gratinados, estavam bonitos e saborosos. Segundo o Velho, o prato parece de comida de avião, mas o sabor é de comida de verdade, aprovado também pela Tati. O Atendimento deixa um pouco a desejar, talvez pelo fato de estar cheia a casa.Citamos a ausência da Isabela, que parece ter recuperado o juízo e reatado o namoro-casamento, com nosso querido e simpático Ivan, e a isso fizemos um brinde. Nossa amiga está abraçada a uma causa nobre e agora trabalha na Vila do João, o que torna sua presença inviável, ao menos por enquanto. Pagamos nossas contas e voltamos à rua. O casal dividindo o gurda-chuva, Tati no Cabanão e eu, feliz andando entre os pingos...