terça-feira, 3 de junho de 2008

A Descoberta "da" Colombo

Manhã fria e chuvosa, clima tipicamente paulista em pleno Rio de Janeiro e para contrariar todas as regras do bom senso, almoço marcado às 13 horas. Lá vou eu, casaco fechado e procurando marquises, sou da turma que odeia carregar guarda-chuvas. Entre um pingo e outro, chegamos todos quase ao mesmo tempo ao local de encontro, que manterei em sigilo não sei porque.Após rápidos cumprimentos, a pergunta que sempre nos persegue: Aonde vamos?Sugeri uma visita ao salão de sopas da Colombo, e de imediato ouvi da minha Amiga Tatiana a fatal pergunta: - Caríssimo né Lennon? (num misto de ironia e reclamação). Com toda minha peculiar lhaneza, respondi que custava R$ 11,00 e que poderia comer à vontade. Com certa desconfiança, minha oferta foi aceita lá fomos nós, Velho e Cris abraçadinhos sob um só guarda-chuva, Tati com seu “cabanão”, e eu novamente entre pingos e sob protesto de meus amigos.Chegamos à Colombo, uma casa que guarda com generosidade ares históricos glamorosos e requintados que outrora inundavam o finado estado da Guanabara.No Simpático Salão Cabral, nos alojamos em uma confortável mesa, próxima à janela, e devidamente aquecidos, fomos ao cardápio. Eu e Cris optamos pela Sopa e Velho e Tati, foram de Crepe(R$9,80). Para meu deleite, após 2 minutos no local, Tati e Cris logo comentaram: Mandou bem amigo, aqui realmente é muito gostoso, um lugar com muito charme. Boa pedida. Entre sopas de Feijões e de legumes, o papo fluiu ameno, pouco falamos de política. Estávamos todos debatendo sobre preconceitos, para surpresa geral, Tati se auto intitulou como conservadora, depois foi o Velho que desfilou seus pensamentos também muito conservadores em alguns assuntos. A Cris se demonstrou uma convidada inteligente, e entre um “eu não sei”, um “talvez” e um “se fosse comigo eu talvez pensasse assim...”. ficou literalmente sobre o muro, posição politicamente prudente e, para surpresa geral, eu, o ultra direitista, era o mais benevolente. Que mundo louco esse.As sopas estavam bem gostosas (porém poderiam estar mais quentes).Na mesa, azeite de oliva e queijo parmesão de boa qualidade e uma pimenta honesta. Os Crepes de carne seca, molho branco e gratinados, estavam bonitos e saborosos. Segundo o Velho, o prato parece de comida de avião, mas o sabor é de comida de verdade, aprovado também pela Tati. O Atendimento deixa um pouco a desejar, talvez pelo fato de estar cheia a casa.Citamos a ausência da Isabela, que parece ter recuperado o juízo e reatado o namoro-casamento, com nosso querido e simpático Ivan, e a isso fizemos um brinde. Nossa amiga está abraçada a uma causa nobre e agora trabalha na Vila do João, o que torna sua presença inviável, ao menos por enquanto. Pagamos nossas contas e voltamos à rua. O casal dividindo o gurda-chuva, Tati no Cabanão e eu, feliz andando entre os pingos...

2 comentários:

Kelly Carvalho disse...

Bacana o post!
Sabe que já passei milhares de vezes em frente à Colombo e nunca entrei? Vontade não falta, mas sempre surge aquele "medinho" diante de lugar tão pomposo: será que é muito caro aí?
Beijos!

Lennon Pereira disse...

Lá é super gostoso. O estilo Imponente as vezes assusta, mas nada que não nos permita tomar um café ou experimentar as suas delícias!