O mantra da dos tempos atuais é inovar!! Em casa, no
trabalho, nos relacionamentos, nas tarefas rotineiras.
Estava eu em uma das minhas rotineiras caminhadas matinais,
costumo faze-la entre 6:30H e 7:30H. Coloquei esse hábito como forma de começar
o dia com a mente limpa e, portanto, aberta para as informações com as quais me
deparo todos os dias.
Nesse dia uma cena me chamou atenção. É conhecido de todos e
os jornais já fizeram matérias sobre os caçadores de tesouros, ou garimpeiros
das praias.
São pessoas que trabalham cavando a areia, em busca de moedas
e principalmente joias, (anéis, cordões,
pulseiras, e etc...), perdidos por banhistas nos dias de praias cheias.
O que me chamou a atenção foi o equipamento e a forma com
que Joilson da Silva (pediu para não citar seu nome real, segundo ele holofotes
atrapalham o trabalho).
Vi o rapaz com um detector de metais e um fone nos ouvidos,
fiquei apreciando seu trabalho, até que tive uma brecha para puxar assunto.
Perguntei a ele sobre seu trabalho, sobre o equipamento e
como era sua vida e abaixo segue o relato real do que foi dito por ele.
“-Sabe Sr, eu perdi o emprego e estava cada vez mais difícil.
Um dia vi pessoas cavando na praia e perguntei o que faziam.
Achei que podia viver dessa tarefa, se me dedicasse e
trabalhasse todos os dias.
Comecei há cinco anos, com uma pá de tela ( o equipamento
tradicional usado por todos).
Em semanas boas eu conseguia fazer até R$ 300,00.
Eu perdia muito tempo caçando no instinto e sempre pensei
que se houvesse uma forma de cavar somente onde houvesse algum metal, meu
resultado seria melhor.
Um dia tive grande sorte, achei um anel, acho que uma
aliança, maior do que as miudezas que costumava encontrar.
Eu tinha visto um filme na TV, onde vi aparelhos que apitavam
quando identificavam metais, mas era
caro demais para minhas condições financeiras e quando achei o anel, vi que
seria minha chance.
Vendi a joia, mas o dinheiro não foi suficiente, vendo uma
televisão que tinha em casa e completei o valor necessário.
A partir desse dia meu trabalho mudou.
Hoje em menos tempo eu faço mais rendimento do que fazia
antes, já consegui comprar outro equipamento e meu filho hoje trabalha em outra
praia.
Compramos TV nova, arrumamos a casa e hoje sustentamos nossa
família com dignidade, trabalho honesto e muito suor, esse sol não é mole não
Sr.”
Só não quis me dizer quanto fatura hoje, disse que atrai
inveja e concorrência, segundo ele trabalho em silencio é o segredo. “Ninguém precisa
saber do meu sucesso, só eu e minha família” rui meu novo amigo inovador.
Perguntei se ele queria uma matéria com o nome dele e etc,
mas ele pediu para seguir no anonimato. “ Sou feliz assim Sr. não preciso de
mais nada”
Perguntei se ele se achava inovador, ou inventivo e a
resposta foi: “ Não Sr, sou só mais um trabalhador buscando uma vida digna”
Fiquei reflexivo sobre como iria abordar o tema e tirei
algumas conclusões
1º: Inovação é um conceito, que não se aprende em
universidades nem em livros, está na alma de cada um de nós;
2º: Vaidade não faz ninguém feliz. Se você precisa provar
algo para alguém, algo está errado com seu íntimo e sua autoestima;
3º: O ser humano é de um incrível potencial, as vezes
aniquilado ou abafado por falta de confiança, de oportunidades ou pelos
preconceitos que estão enraizados nas nossas crenças;
4º: Felicidade é um estado de espirito, não depende nem da
sua posição social, seu Cargo, sua conta bancaria, Seu carrão ou as grifes que
vc usa. Ela não é de fora para dentro, e sim de dentro para fora;
5º: Encontre seu caminho, sua felicidade, não deixe que ninguém
te diga qual o caminho certo. Somos todos diferentes e não há receita única que
sirva para todos.
Abraços a todos e sejamos felizes, verdadeiramente livres